28/02/2025
Crianças podem desenvolver pequenas manias ao longo do crescimento, como organizar brinquedos de maneira específica, roer unhas ou balançar as pernas constantemente. Esses comportamentos costumam ser naturais e até contribuem para o desenvolvimento emocional. Em muitos casos, funcionam como uma forma de a criança lidar com sentimentos como ansiedade, excitação ou tédio. No entanto, quando a mania se torna excessiva ou começa a interferir no cotidiano, é importante que os pais fiquem atentos.
As manias infantis podem aparecer em diferentes momentos da infância e, na maioria das vezes, não representam um problema sério. Algumas crianças desenvolvem hábitos repetitivos ao enfrentarem mudanças significativas, como a chegada de um irmão, o início da vida escolar ou uma mudança de casa. Segundo Amanda Faria, assessora pedagógica do Colégio Anglo Itajaí, "essas manias fazem parte do desenvolvimento infantil e podem indicar a necessidade da criança de encontrar conforto em momentos de insegurança".
A diferenciação entre uma mania e um tique nervoso é essencial. Enquanto a mania é um comportamento repetitivo adotado voluntariamente pela criança, os tiques são movimentos involuntários, como piscar os olhos com frequência ou mexer as mãos de forma incontrolável. A observação cuidadosa dos pais pode ajudar a compreender se o comportamento é passageiro ou se exige atenção especializada.
É comum que, com o tempo, a criança abandone a mania sem precisar de intervenção direta. No entanto, quando o hábito começa a gerar prejuízos, como comprometer a interação social, prejudicar o desempenho escolar ou causar sofrimento, pode ser o momento de buscar apoio. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) na infância, por exemplo, pode se manifestar por meio de manias persistentes e rituais que ocupam grande parte do dia da criança. Nestes casos, a orientação de um psicólogo infantil pode ser fundamental para um diagnóstico e acompanhamento adequados.
Os pais podem adotar algumas estratégias para ajudar os filhos a lidar com essas manias de forma equilibrada. Ao invés de repreender ou chamar a atenção excessivamente para o comportamento, é mais produtivo incentivar outras atividades que desviem o foco da criança. Brincadeiras, esportes e práticas artísticas podem ser boas alternativas para canalizar a energia de maneira positiva. Criar um ambiente seguro e acolhedor também contribui para que a criança desenvolva formas saudáveis de expressar emoções.
Quando necessário, conversar com um profissional de saúde mental pode ajudar a entender melhor as razões por trás do comportamento e definir a melhor abordagem. "Os pais devem acolher e orientar a criança, ajudando-a a compreender suas emoções e oferecendo suporte para que ela possa desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com os desafios do dia a dia", reforça Amanda Faria. Para saber mais sobre manias, visite https://lunetas.com.br/manias-das-criancas/ e https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/manias-rituais-e-tiques-na-infancia-quando-e-preciso-se-preocupar.htm