11/10/2024
O medo é uma emoção natural e saudável que desempenha um papel importante na proteção das crianças. Mas, em que momento ele começa a aparecer? Os primeiros sinais de medo podem ser observados ainda nos bebês, geralmente relacionados à separação dos pais e à presença de estranhos. Com o tempo, à medida que a criança cresce, os medos vão se transformando. Aos dois ou três anos, as crianças começam a temer sons altos e a escuridão, enquanto, entre quatro e seis anos, surgem medos mais imaginários, como o de monstros. Esses sentimentos refletem a percepção cada vez maior que elas têm do mundo.
Conforme Amanda Faria, assessora pedagógica do Colégio Anglo Itajaí, a maneira como os pais lidam com os primeiros medos da criança tem grande impacto no desenvolvimento emocional dela: "Os pais precisam validar os medos da criança, mostrando que são compreensíveis, mas também oferecendo apoio para superá-los de forma gradual e segura". A empatia dos responsáveis faz toda a diferença nesse processo, pois uma criança que se sente acolhida tende a ter mais confiança para enfrentar situações temidas.
Na infância, o medo também desempenha um papel essencial no desenvolvimento das habilidades de discernimento. Ele ajuda a criança a evitar perigos reais, como estradas movimentadas ou objetos cortantes. No entanto, é fundamental saber diferenciar entre medos normais, que fazem parte do crescimento, e aqueles que podem ser excessivos ou persistentes, como as fobias. Crianças que demonstram um medo desproporcional a situações cotidianas, como o contato com animais inofensivos ou ficar sozinhas em um ambiente seguro, podem precisar de atenção especial para evitar que esse sentimento interfira em suas rotinas.
Com o passar dos anos, os medos infantis se tornam mais realistas. Entre os sete e dez anos, as crianças passam a temer situações ligadas a eventos concretos, como a morte de entes queridos ou acidentes. Nessa fase, o diálogo aberto entre pais e filhos é crucial. Conversar sobre os medos de forma honesta e tranquila ajuda a criança a processar esses sentimentos de forma mais equilibrada. Além disso, algumas técnicas de relaxamento, como respiração profunda e visualização, podem ser eficazes para lidar com a ansiedade.
Quando o medo se transforma em fobia, é importante buscar o auxílio de um profissional. Psicólogos infantis utilizam abordagens como a terapia cognitivo-comportamental para ajudar a criança a lidar com medos extremos de forma gradativa e segura. Essa intervenção é necessária quando o medo começa a impactar o dia a dia, levando à evasão de atividades ou causando sofrimento significativo.
Os medos, quando bem trabalhados, podem ajudar as crianças a desenvolver resiliência e coragem. Ao lidar com eles de forma apropriada, os pais não só fortalecem o emocional dos filhos, como também contribuem para que eles enfrentem os desafios da vida com mais confiança. Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/