26/03/2025
Ao escolher a roupa que quer vestir, ajudar a arrumar a mochila ou guardar seus brinquedos, a criança não está apenas cumprindo uma tarefa: ela está desenvolvendo sua autonomia. Essa habilidade, construída desde os primeiros anos de vida, é fundamental para que a criança se torne um indivíduo confiante, responsável e capaz de tomar decisões com segurança.
A autonomia infantil vai além da independência prática. Trata-se da capacidade de agir com responsabilidade, de se posicionar com consciência e de buscar soluções para os desafios do cotidiano. Para que esse processo aconteça de forma saudável, o apoio da família e da escola é indispensável. Permitir que a criança participe das pequenas decisões do dia a dia, como escolher o sabor do suco ou a brincadeira do fim de semana, é um primeiro passo importante.
“A autonomia não nasce pronta. Ela precisa ser estimulada em cada oportunidade que a criança tem de se sentir capaz”, afirma Bruno Alencar, assessor pedagógico do Colégio Anglo Itajaí. Segundo ele, quando o adulto deixa de fazer pela criança o que ela já consegue realizar, está fortalecendo seu senso de competência e autoconfiança.
Esse fortalecimento começa desde muito cedo. Quando um bebê tenta segurar a colher sozinho ou escolhe o brinquedo com que quer brincar, já está expressando sua necessidade de conquistar espaço e controle sobre o ambiente. À medida que cresce, é essencial que a criança possa explorar esse desejo por meio de ações adequadas à sua idade. Participar das tarefas domésticas, por exemplo, é uma forma de unir aprendizagem e responsabilidade.
Na escola, o desenvolvimento da autonomia se dá quando o aluno é incentivado a organizar seus materiais, tomar decisões dentro das atividades propostas ou colaborar em projetos com os colegas. Esses momentos fazem com que ele perceba o valor de suas escolhas e entendam que errar também faz parte do processo de aprender.
O equilíbrio entre orientação e liberdade é o que dá solidez a esse caminho. É natural que os pais sintam vontade de proteger, mas a superproteção pode atrapalhar a construção da autonomia. Permitir que a criança tente, erre, aprenda e tente de novo é fundamental para que ela ganhe maturidade emocional e autoestima.
Ao longo do tempo, crianças que desenvolvem autonomia tornam-se mais organizadas, proativas e resilientes. Elas aprendem a lidar melhor com frustrações, a cumprir compromissos e a resolver conflitos com mais segurança. Esses traços não só favorecem o desempenho escolar, mas também preparam para a vida adulta. Educar para a autonomia é um investimento que rende frutos por toda a vida. Para saber mais sobre autonomia infantil, visite https://www.pastoraldacrianca.org.br/autonomia-infantil e https://novaescola.org.br/conteudo/21893/estrategias-para-fortalecer-a-autonomia-e-a-responsabilidade-dos-alunos?_gl=1*7xe5rj*_gcl_au*MzA3NzIzNzQ4LjE3Mjc3MjgyNTU.